top of page

Há quem considere os nanotubos de carbono, os materiais revelação do século XXI. De facto, estas partículas apresentam propriedades únicas que as tornam candidatas ideais para uma larga gama de aplicações. Os nanotubos de carbono apresentam um grande potencial na engenharia aeroespacial, em chips para computadores, em painéis solares, em écrans planos, em baterias. Há também um interesse crescente na exploração das propriedades dos nanotubos de carbono para a sua aplicação como sensores para a deteção de anomalias genéticas, como veículos para diversos agentes terapêuticos ou de diagnóstico, no tratamento do cancro, em doenças ósseas, na reparação do tecido neuronal, entre outros.​
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Para além disso, vários estudos sugerem que os nanotubos de carbono funcionalizados interagem de modo distinto com as células, dependendo da porção que é conjugada. De facto, a biodistribuição de muitos compostos pode ser modificada através da sua ligação com os nanotubos de carbono. A título de exemplo, o Paclitaxel conjugado com SWCNTs parece localizar-se predominantemente ao nível do intestino e do fígado, enquanto que quando conjugado com Polietilienoglicóis (PEGs), a localização ocorre mais frequentemente ao nível pulmonar.

Aplicações dos Nanotubos de Carbono

Adaptado de: Kostarelos, K., Bianco, A., Prato, M. (2009), Promises, facts and challenges for carbon nanotubes in imaging and therapeutics, Nature Nanotechnology 4.

No que concerne à sua utilização em aplicações biomédicas, o grande obstáculo inicial é a insolubilidade dos nanotubos de carbono na maioria dos solventes compatíveis com o meio biológico (de natureza aquosa). Neste contexto, têm sido desenvolvidas diferentes estratégias com o intuito de tornar os nanotubos de carbono mais hidrofílicos e alterar o seu perfil de biocompatibilidade. Destacam-se duas metodologias principais: o revestimento não-covalente dos nanotubos de carbono com moléculas anfifílicas (como, por exemplo, lípidos e polímeros) e a funcionalização covalente da superfície dos nanotubos através da introdução de diferentes grupos químicos.

Referências:



Firme III, Constantine P., Bandaru, Prabhakar R. (2010), Toxicity issues in the application of carbon nanotubes to biological systems, Nanomedicine: Naonotechnology, Biology, and Medicine 6, 245-256.

​

Kostarelos, K., Bianco, A., Prato, M. (2009), Promises, facts and challenges for carbon nanotubes in imaging and therapeutics, Nature Nanotechnology 4.



Lacerda, Lara, Bianco, Alberto, Prato, Maurizio, Kostarelos, Kostas (2006), Carbon nanotubes as nanomedicines: From toxicology to pharmacology, Advanced Drug Delivery Reviews 58, 1460-1470.



Tran, P. A. ; Zhang, L.; Webster, T. J. (2009), Carbon nanofibers and carbon nanotubes in regenerative medicine, Advanced Drug Delivery Reviews, 61, 1097–1114.



http://dsc.discovery.com/technology/tech-10/carbon-nanotubes-uses.html (Acedido a 1/06/2012)

bottom of page