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Os Nanotubos de Carbono (CNTs), tal como o seu nome sugere, são produtos da Nanotecnologia que foram descobertos há apenas 21 anos. Apesar disso, e por possuírem propriedades físicas, químicas e eletrónicas únicas, estas partículas são bastante promissoras. De facto, desde a sua descoberta, têm ganho popularidade e atraído o interesse da comunidade científica devido ao seu enorme potencial de aplicação em diversas áreas, incluindo a nanomedicina. Todavia, como partículas recentes que são, a sua aplicação tem levantado questões éticas, de segurança e regulamentares. Neste contexto, é urgente desenvolver novos estudos para melhor esclarecer o impacto  dos nanotubos de carbono na saúde humana e no meio ambiente, por forma a aproveitar todas as suas potencialidades e a evitar que incidentes como o das fibras de amianto se voltem a repetir, agora no século XXI.

Nanotubos de Carbono


Os nanotubos de carbono são formados por átomos de carbono, ligados entre si através de ligações sp2, dispostos numa série de anéis de benzeno condensados (a), que enrolados longitudinalmente formam estruturas tubulares (b). Estas partículas apresentam diâmetros na ordem dos nanómetros e comprimentos na ordem dos micrómetros, conduzindo a grandes razões comprimento/diâmetro. Para além disso, possuem uma grande área de superfície e podem dar origem a estruturas leves, mas dotadas de grande resistência mecânica. Por outro lado, a sua natureza não biodegradável e a semelhança em forma e tamanho às fibras de amianto têm permitido antecipar a sua toxicidade.
Comparativamente aos nanotubos de carbono, as nanofibras de carbono (c) apresentam um arranjo menos perfeito dos átomos e são formadas quando as camadas de grafeno são dispostas num determinado ângulo, alfa, formando deste modo um aglomerado de nanocones. Já os nanotubos de carbono apresentam alfa= 0.

Definição ISO de nano-objetos. 



Krug, Harald F, Wick, Peter (2011), Nanotoxicology: An Interdisciplinary Challenge, Nanotoxicology, Angew. Chem. Int., 50, 1260 – 1278.

Representação esquemática de uma folha de grafeno (a), de um nanotubo de carbono (b) e de uma nanofibra (c) 



Tran, Phong A., Zhang, Lijie, Webster, Thomas J. (2009), Carbon nanofibers and carbon nanotubes in regenerative medicine, Advanced Drug Delivery Reviews 61, 1097-1114.

Nanotubos de Carbono: as partículas do século XXI?

​Tipos de Nanotubos de Carbono


Os nanotubos de carbono podem ser divididos com base na sua estrutura em dois tipos principais: os nanotubos de carbono de parede simples (Single-walled carbon nanotubes - SWCNTs) e os nanotubos de carbono de parede múltipla (Multi-walled carbon nanotubes - MWCNTs)

Os SWCNT são formados por uma única camada de grafeno, apresentam diâmetros compreendidos entre 0,4 e 2,0 nm e comprimentos de 20-1000 nm e tendem a formar estruturas curvas e não retas. Por outro lado, os MWCNTs são formados por pelo menos duas camadas concêntricas de grafeno e são maiores, com diâmetros de 1,4-100 nm e comprimentos de 1 a vários µm.

Tipos de nanotubos de carbono.



 Adaptado de:http://www-ibmc.u-strasbg.fr/ict/vectorisation/nanotubes_eng.shtml (Acedido em 1/06/2012)

Microscopia eletrónica de transmissão de MWCNTs (A) e SWCNT (B)

 

C:\Users\utilizador\Desktop\Nanotubos de carbono\Carbon Nanotubes.htm (Acedido em 1/06/2012)

(A)                                             (B)

Referências:

Toxipédia: Toxipedia write-up FINAL (Acedido a 19/05/2012)

Toxipedia: Regina’s Editorial (Acedido a 19/05/2012)

Referências:

​

​Firme III, Constantine P., Bandaru, Prabhakar R. (2010), Toxicity issues in the application of carbon nanotubes to biological systems, Nanomedicine: Naonotechnology, Biology, and Medicine 6, 245-256.

Kostarelos, K., Bianco, A., Prato, M. (2009), Promises, facts and challenges for carbon nanotubes in imaging and therapeutics, Nature Nanotechnology 4.

Lacerda, Lara, Bianco, Alberto, Prato, Maurizio, Kostarelos, Kostas (2006), Carbon nanotubes as nanomedicines: From toxicology to pharmacology, Advanced Drug Delivery Reviews 58, 1460-1470.

Tran, Phong A., Zhang, Lijie, Webster, Thomas J. (2009), Carbon nanofibers and carbon nanotubes in regenerative medicine, Advanced Drug Delivery Reviews 61, 1097-1114.

www.personal.reading.ac.uk/~scsharip/tubes.htm (Acedido em 1/06/2012)

Referências:

Lacerda, Lara, Bianco, Alberto, Prato, Maurizio, Kostarelos, Kostas (2006), Carbon nanotubes as nanomedicines: From toxicology to pharmacology, Advanced Drug Delivery Reviews 58, 1460-1470.

www.personal.reading.ac.uk/~scsharip/tubes.htm(Acedido em 1/06/2012)

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