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Apesar de serem compostos bastante promissores na área da nanomedicina e como veículos de fármacos, vários estudos in vitro têm sido realizados para avaliar a sua toxicidade. Uma das limitações dos ensaios realizados até agora é o facto de terem sido testadas diferentes linhas celulares com diferentes nanotubos de carbono, dificultando a comparação dos dados obtidos. Na tentativa de determinar a dose máxima tolerada pelo organismo, têm sido propostos diferentes intervalos de concentrações, nomeadamente,  5 a 10 mg/mL em estudos realizados em células HeLa (Henrietta Lacks) com um período exposição de 6 horas de SWCNT e MWCNT. Por outro lado, um outro estudo revela que este intervalo de concentração é excessivo para as mesmas linhas celulares. Ensaios em linfócitos T revelam uma boa tolerância para concentrações de cerca de 4 µg/mL o que se traduz em cerca de 10 nanotubos de carbono por célula (comprimento de 1µm e diâmetro de 10 nm). É do consenso geral que o nível de toxicidade está relacionado com o stress oxidativo causado pelos nanotubos de carbono e que existem células que apresentam diferentes tolerâncias a estes compostos. Mais fascinante que isto, um estudo no qual se utilizou uma linha de células epiteliais mutada, demonstra que existe regeneração, após exposição prolongada com 100 µg/mL. Um estudo publicado na Nature revela ainda que os SWCNT apresentam menor citoxicidade do que os MWCNT. Os estudos in vitro até agora realizados, que avaliaram a exposição de diferentes linhas celulares (pulmonares, dérmicas, cardiovasculares) aos nanotubos de carbono permitiram delinear o mecanismo geral de toxicidade destas nanopartículas. 

Toxicidade in vitro

Possíveis locais de distribuição dos nanotubos de carbono no organismo.

Adaptado de: Firme III, Constantine P., Bandaru, Prabhakar R. (2010), Toxicity issues in the application of carbon nanotubes to biological systems, Nanomedicine: Nanotechnology, Biology, and Medicine 6:245-256.

Referências:

Firme III, Constantine P., Bandaru, Prabhakar R. (2010), Toxicity issues in the application of carbon nanotubes to biological systems, Nanomedicine: Nanotechnology, Biology, and Medicine 6, 245-256.



Johnston, Helinor J., Hutchison, Gary R., Christensem, Frans M., Peter, Sheona, Hankin, Steve, Aschberger, Karin, Stone, Vicki (2010), A critical review of the biological mechanisms underlying the in vivo and in vitro toxicity of carbon nanotubes: The contribution of physico-chemical characteristics, Nanotoxicology 4, 2, 207-246.



Shipper, Meike L., Nakayama-Ratchford, Nozomi, Davis, Corrine R., Kam, Nadine Wong Shi, Chu, Pauline, Liu, Zhuang, Sun, Xiaoming, Dai, Hongjie, Gambhir, Sanjiv S. (2008), A pilot toxicology study single-walled carbon nanotubes in a small sample of mice, Nature Nanotechology 3.



ToxNet: http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search/f?./temp/~roR0ne:1 (Acedido a 19/05/2012)

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